A. Crise e precaridade
“É surpreendente que a anestesiologia – essa velha ciência do entorpecimento – não tenha estabelecido nenhuma contrapartida. O Vitalismo, por sua vez, apresenta-se como uma anarcoestetiologia.” – Manifesto da Internacional Vitalista
Quanto mais os corpos são guiados por interesses privados e privatistas, mais são determinados por instintos de massa. Essa crise – que o Comitê Invisível vê como constituinte fundamental dos governos – faz com que os corpos se prendam a uma espécie de coletivismo regressivo, de pensamento de capitalismo maquínico, em que não importa se reais ou virtuais, todos agem como autômatos. Esses instintos de massa são profundamente alienados da vida cotidiana, fazendo com que os indivíduos tornem-se insensíveis aos sinais de um desastre à caminho. Nunca esteve tão claro nas palavras e atos de um político a intenção de destruir completamente qualquer possibilidade de Vida – dos incêndios na Amazônia aos ataques ao conhecimento, da criminalização do pensamento ao racismo, à homofobia, e ao enorme sexismo. Nunca uma população esteve tão entorpecida, a ponto de confiscar-se seu intelecto e repetir “Mito! Mito!”, como se suas formas-de-vida estivessem a serviço não da potência, mas da impotência.
Nesse componente de crise, a vida cotidiana é lançada ao vácuo pela “clareza penetrante” que a crise lhes impõe. A centralidade do dinheiro interrompe os relacionamentos, minando a confiança, a calma e a saúde. A sobrevivência se impõe, e é corrosiva de convívio. Da mesma forma, o “calor está diminuindo” dos objetos do cotidiano, que repelem suavemente o apego e colocam barreiras contra as pessoas. Os objetos parecem símbolos de riqueza ou pobreza, e nada mais. Os movimentos humanos são impedidos de devir por um mundo intratável que oferece resistência ao seu desenvolvimento. Os custos da moradia e do transporte destróem a sensação de liberdade de domicílio. Os trabalhadores tornam-se grosseiros e hostis, como representantes de materiais que se tornaram hostis.
As reações pessoais a essa situação têm um efeito competitivo e atomizador. Cada um vê a crise geral, mas busca exceções para seu próprio campo de ação. Portanto, há uma luta constante para salvar o prestígio de áreas específicas do colapso geral, em vez de rejeitar a situação universal. À medida que cada um tenta conciliar a sobrevivência com o colapso geral, as pessoas ficam presas em ilusões de perspectiva decorrentes de pontos de vista isolados. Se o fascismo é uma racionalização de emergência da sociedade capitalista ameaçada pela crise econômica e pela subversão proletária, tal racionalidade “vem onerada pela imensa irracionalidade de seu meio” (Debord, A Sociedade do Espetáculo)
É sintomático que o discurso atual seja de crise internacional, da imagem do Brasil no exterior em função da reação às queimadas na Amazônia. Para aqueles que não estão afundados nesse imbroglio, o temperamento dos bolsonaristas – e, por extensão, de toda a nação – parece ter se tornado bárbaro e virulento de uma maneira incompreensível. Evoca-se o filósofo alemão Walter Benjamin – que morreu em 1940 tentando escapar dos nazistas -, para quem essa aparência – que é absolutamente invisível para todos os que estão envolvidos no processo – ocorre porque as pessoas estão totalmente subordinadas a “circunstâncias, miséria e estupidez”, a forças coletivas. As pessoas desenvolvem um “ódio frenético pela vida da mente”. Eles o aniquilam formando fileiras, contando corpos e avançando.
O componente da crise mobiliza afetos tristes, e o poder precisa de pessoas tristes para dominar, o ódio precisa de pessoas tristes para florescer. Os afetos tristes diminuem a potência, mesmo quando os fascistas acreditam estar empoderados. Ao apontar o arrependimento daqueles que não se alinhavam diretamente ao neofascismo, mas elegeram Bolsonaro em uma desesperada rejeição da política representativa, diminuímos, e não aumentamos, a potência de resistência.
B. Da fractalidade do neofascismo
O anarquista italiano Errico Malatesta, ao analisar os motivos da ascensão do fascismo italiano, identifica não somente aquelas questões clássicas repetidas por historiadores em todos os lugares (a crise econômica, a efervescência dos diversos socialismos), mas também uma espécie de “microfascismo”. Esse microfascismo pode ser entendido como a ética dos “homens de bem”, os ódios cotidianos e mecanismos de separação que permitem que o fascismo se institucionalize.
Em comum com o fascismo italiano, também o neofascismo bolsonarista se sustenta em cima de um microfascismo da vida cotidiana. Diferente do fascismo de Mussolini e Hitler, entretanto, o neofascismo se sustentou pela via das eleições:
“Esse perverso caminho, da democracia ao fascismo, linear, organizado não por movimentos externos, mas pelas mesmas instituições do poder constitucional, pela conformação dos órgãos de controle (da magistratura em particular) às linhas da extrema direita, é o desvelamento de um projeto coerente que atravessa as instituições, destruindo todos os elos e incidindo, sobre novas conformações, nas figuras formais da Constituição e na materialidade de sua direção política garantida pelo processo de legitimidade eleitoral, e assim dissipando qualquer caráter ético do princípio democrático: tudo isso impõe, quando e se a indignação diminuir, uma reflexão sobre o tema da democracia.” (Antonio Negri, “Primeiras observações sobre o fascismo“).
Antonio Negri identifica nas próprias contradições do capitalismo o elemento que permite que essa operação tome lugar: “Quando, todavia, intervêm fortes tensões que agem sobre as singularidades (que compõe a multidão), em termos, por exemplo, de insegurança econômica ou ambiental e de medo do futuro, então a cooperação multitudinária pode implodir em termos de defesa da identidade”.
O que caracteriza essa implosão é a fractalidade com que o neofascismo se estabelece. Um fractal tem o mesmo aspecto em várias escalas diferentes – pode-se tirar um pequeno extrato da forma e tem-se o mesmo aspecto que toda a forma. Também o neofascismo bolsonarista apresenta essa fractalidade: pode-se extrair as relações da vida cotidiana que o sustentam e observar a mesma misoginia, racismo, homofobia, masculinidade tóxica, e ultra-individualismo hiperliberal que se observa nas instituições.
Como a produção desejante no capitalismo é marcada pela impotência, o desejo já nasce desejando poderes como garantias para a vida. Desde crianças vamos sendo ensinados a flertar com o poder como elemento garantidor da vida, e assim as relações costumam se “valer” pela posição que cada um ocupa dentro de um campo social. No lugar da potência criadora, uma estimulação à conservação através de poderes. Diferente da potência que precisa ser exercida em ato, sempre em situação, o poder, de antemão, equipa o sujeito com certos atributos que falam por ele. Por trás de todo poderoso há um corpo impotente incapaz de exercer uma ética da criação junto aos seus, daí que precisa que poderes discursem por ele, para conservar-se. De fato, nos parece que o que caracteriza o bolsonarismo como neofascista não é tanto a institucionalização de valores típicos do Ur-fascismo – como o populismo seletivo, a rejeição dos valores modernos, e o culto da “ação pela ação” –, mas essa micropolítica que permitiu que o fascismo subisse ao poder pela via do voto, esse fascismo fractal dos “homens de bem” que reproduzem as práticas sociais do poder fascista. Essa micropolítica que permeia nossas relações sociais na forma de violência, e que foi se instalando de forma imperceptível, navegando nas águas do sentimento comum, da moral e dos bons costumes, com baixa intensidade até escorrer como sedimento e abonar um pensamento passado a ato. Os bolsonaristas e sua libidinização da violência são só uma face desse fascismo, que inclui o conservadorismo das famílias e dos homofóbicos, as igrejas e seus conceitos de pecado e moral reduzidos à sexualidade dominante, os meios de comunicação e sua forma de tratar a diferença como exotismo – enfim, a cultura em todas as suas instituições hegemônicas.
Essa identificação, essa auto-similaridade, fazem com que as táticas tradicionais do antifascismo de ação direta sejam de difícil implementação.
C. Terrorismo estocástico e hordas virtuais e reais
Nesse momento, o neofascismo ainda está em sua primeira fase, que envolve um acirramento do microfascismo. O que observamos não é ainda a total institucionalização do ódio, mas ações do Baixo Clero e de apoiadores civis: parlamento funcionando, mas com violências dispersas, perseguições, delações, achincalhamento virtual, invasão de espaços culturais e universitários, agressões físicas, repressão a manifestações públicas, e assassinatos de pobres na periferia. “Terrorismo estocástico” é o uso de meios de comunicação em massa para demonizar grupos ou indivíduos, resultando na incitação de atos violentos de maneira estatisticamente previsível, mas individualmente imprevisível. A ideia é que seria possível a um agente mal-intencionado usar a Internet e outros meios de comunicação em massa para incitar perpetradores aleatórios, desconhecidos do agente, a cometer atos de violência. Como a relação de causa-e-efeito não é certa, diz-se que há previsibilidade estatística de que o ato de terrorismo irá ocorrer, mas é impossível prever individualmente quem será o perpetrador ou quando o ato irá ocorrer. O incitador pode então limpar as mãos.
Mas aí que está: o terrorismo estocástico não é possível se não há um receptor que possa entender a mensagem como um gatilho para a violência. É no caldo grosso das instituições do imaginário que o terrorismo estocástico é possível. É um pântano fértil de ressentimentos que permitirá, de maneira quase imperceptível, a institucionalização final do fascismo que Bolsonaro quer.
D. O espetáculo do bolsonarismo
“Fiat ars, pereat mundus: essa é a palavra de comando do fascismo que, como reconhece Marinetti, espera da guerra a satisfação artística de uma percepção sensorial alterada pela tecnologia. É obviamente a realização perfeita da arte pela arte. Durante a época de Homero, a humanidade fez de si um espetáculo para os deuses do Olimpo; agora, fez de si um espetáculo para si mesma. Alienou-se de si mesma o suficiente para ter sucesso em viver sua própria destruição como alguma fruição estética de primeira ordem.” Walter Benjamin, “A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica“
O bolsonarismo, como o fascismo, responde à proletarização e à “inclusão pelo consumo” dando “uma chance de expressão” como substituto do poder, mantendo intacta, dessa maneira, a estrutura da propriedade e do Estado. A consequência lógica desse movimento é a estetização da política. Walter Benjamin já havia identificado essa característica no fascismo europeu do começo do século XX, e a relaciona ao caráter espetacular da mercadoria, que é transformada de simples objeto a espetáculo ou fantasmagoria. O fascismo expande a lógica do espetáculo ao campo da política, com seu populismo, seu apelo à estética da violência, seus discursos maniqueístas e simplistas, seus memes e slogans vazios, suas demonstrações de guerra. A única forma de canalizar os intensos afetos da multidão sem alterar a estrutura da propriedade, entretanto, é por uma intensa violência que guie as frustrações de uma maneira que não desestabilize o sistema.
A estetização da política sob a forma de violência retorna no discurso de securitização que imputa aos soldados e policiais o status de heróis. Também se revela na forma, se não no conteúdo, das fake news que circulam nos grupos de WhatsApp: essas histórias parecem ser menos selecionadas por seu valor de verdade (são, de fato, “pequenas verdades“) ou pela relevância para a vida dos leitores, mas pela capacidade de produzir afetos tristes e canalizar sua expressão. As fake news são uma força estética de indignação moral. Eles proporcionam prazer indireto da repressão decorrente do pânico moral que instigam, mantendo também insatisfação suficiente para impedir qualquer sensação de conclusão.
“A difusão das pequenas verdades é essencial nessa empreitada, elas garantem a ampliação do medo e da incerteza, da consolidação da ideia de que a miséria ou o declínio que as pessoas experimentam seria causada pelas nefastas ideologias pregadas pelos “esquerdistas” e suas consequências.” (Carapanã, “As pequenas verdade e a Nova Direita“)
Essa ação expressiva do bolsonarismo, no entanto, é também sua fraqueza, dado que está deslocada da economia da vida cotidiana. A estética do bolsonarismo oferece algumas das mesmas coisas que se perderam na intensa alienação da vida cotidiana: pertencimento coletivo, acesso a intensidades emocionais, a rituais e atividades públicas, confrontos ritualizados. Mas esses meios estão ligados a categorias que reproduzem o sistema dominante: estereótipos de grupos externos (cada vez mais “esquerdistas” e intelectuais, cada vez menos estereótipos raciais), reforço de hierarquias pró-sistema, reprodução de repressão emocional.
A diferença crucial é que tanto o fascismo clássico quanto o bolsonarismo dependem do poder sobre os outros como meio de expressão. Com isso, permitem que os seus seguidores expressem sua superioridade em relação aos “inimigos” por meio de performance constante e altamente visível. Às vezes, a performance é direta, como no caso de slogans e gestos. Às vezes é indireta, como no olavismo que influencia a política do governo. De qualquer maneira, o fascismo é um tipo de “conversor de energia”: permite que o status social seja transformado em afeto. Assim, fornece a base para uma política de patronagem negativa – onde, em vez de receber benefícios materiais, os apoiadores simplesmente recebem status. Portanto, embora produza poder em rede (contraposto às hierarquias de Estado), também reproduz o poder alienado.
E. Redes sociais e capturas
O espetáculo bolsonarista, como o nazismo e o fascismo de Mussolini, é baseado na propaganda, entendida como expressão da verdade absoluta do movimento. Para que essa propaganda possa se converter diretamente em violência das massas, é preciso fazer com que a ação de um Estado autoritário pareça uma atividade espontânea das massas. No hitlerismo, essa transformação aconteceu pela edificação de um formidável aparato midiático. A ascensão de Trump, Bolsonaro, e outros neofascistas recoloca em questão a íntima relação entre fascismo e a propaganda. Tanto Trump quanto Bolsonaro desprezam a mídia tradicional – exceto, claro, em suas manifestações mais partisan e extremas, caso de Fox News, nos EUA, e da Record e do SBT, no Brasil. Preferem a infraestrutura da propaganda em rede, resultante de um esforço distribuído e capilarizado, contando com um misto coordenado de esforço contratado com outro voluntário e que aparenta ser espontâneo. Multiplicam-se não somente os “robôs”, mas principalmente em “ciborgues” – indivíduos reais que operam como engrenagens em uma complexa máquina de propaganda.
De fato, o bolsonarismo cresceu não através de anúncios “microdirecionados”, a tática típica do trumpismo, mas pelo WhatsApp. Sendo um aplicativo de mensagens criptografadas, o WhatsApp não oferece espaço para publicidade nem para direcionamento das mensagens a grupos de pessoas específicos – a mensagem realmente só se dissemina se alguém passar para frente ou se alguém furar o bloqueio de spams da empresa e disparar mensagens em massa. Ainda, a viralização dessas mensagens e sua conversão em voto dependeu de muitos “carteiros voluntários” em todo país, uma massa de repassadores de conteúdo que faz com que a mensagem chegue até “a última milha” (ou seja, até os grupos de família, amigos e no fluxo de mensagens entre indivíduos) e ali seja defendida.
Se a “produção de conteúdo” bolsonarista parece se focar nessa rede, nas outras redes milícias digitais de robôs e ciborgues oferecem uma noção falsa de apoio completo e irrestrito da população às ideias e performances dos políticos bolsonaristas. O neofascismo fractal bolsonarista se tornou um “governo pelo Twitter”, onde a capilaridade da rede permitiu que postagens de políticos alcançassem diretamente essas milícias digitais, sendo amplificadas ao infinito. Também essas milícias alcançam rapidamente – e em massa – postagens de esquerdistas, produzindo desde enorme ruído que cessa o discurso até ameaças de morte e violência – uma tempestade chilreante, uma Twitterstorm. De qualquer maneira, a impressão que se produz àqueles que vivem na bolha é a de uma onipresença sufocante.
Em seu quadro “Die Zwitscher-Maschine” (“A Máquina Chilreante”), o chilrear (tuitar) infernal de uma máquina diabólica age como isca para atrair a humanidade a um poço de condenação. O jornalista Richard Seymour usou a metáfora da máquina chilreante/tuitante para falar sobre as redes sociais e seu potencial fascistizante:
“Há algo sobre a maneira como interagimos nas plataformas que, seja o que for que faça, amplia nossa capacidade de multidão, nossa demanda por conformidade, nosso sadismo, nossa preocupação irritadiça de estar certo em todos os assuntos.”
Se o Espetáculo é uma relação social mediada por imagens, o Espetáculo concentrado do culto de celebridades típico do fascismo dá espaço, na indústria das redes sociais, ao espetáculo difuso das imagens de mercadoria. Assim, o Espetáculo das redes sociais fascistizantes retira a concentração somente na figura do líder, e passa a multiplicar novos fascismos à volta de micro-celebridades, de mini-patriarcas, e no fluxo de mensagens homogêneas e homogenizantes. Onde o fascismo clássico direcionou o investimento do desejo na imagem do líder, o neofascismo fractal colhe a acumulação algorítmica do desejo na forma de identificação-por-Twitterstorm.
F. Uma conclusão
As características do neofascismo bolsonarista fazem com que algumas das táticas clássicas do antifascismo de ação direta sejam úteis para algumas situações – principalmente para retirar a plataforma de expressão de grupos abertamente racistas -, mas não o sejam em outros contextos. Nos parece claro que, contra grupos institucionais ou pára-institucionais, as ações de inteligência e documentação, oposição e contra-manifestação, apoio mútuo, e não-cooperação, são ainda fundamentais para bloquear o avanço de grupos, mas não serão úteis para combater as ideias proto-fascistas que sustentam o discurso na mesa de jantar.
Como é possível, então, combater o neofascismo bolsonarista? É preciso nos apropriarmos daquela máxima do filósofo francês Michel Foucault:
“Não imaginem que seja preciso ser triste para ser militante, mesmo se o que se combate é abominável. É a ligação do desejo com a realidade (e não sua fuga nas formas da representação) que possui uma força revolucionária”.
O medo é natural, principalmente no Brasil Profundo, onde há muito se faz política na base da bala, e para aqueles que já são alvos da violência microfascista há tempos pela afirmação de identidades sexuais dissidentes. Não é à toa que o primeiro reflexo de resistência, ainda antes da vitória eleitoral de Jair Bolsonaro, foi o movimento puxado pelas mulheres. Mas é importante evitar o segundo estágio, o pânico, que imobiliza ou gera ações irracionais, e só agrava o problema da segurança. Claro, é preciso reconhecer que há, de fato, uma ameaça à própria existência. Para combater essa ameaça é preciso, antes de tudo, existir: ou, como diz o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, sobre as populações indígenas, “rexistir”, fazer da própria existência uma resistência. É preciso também saber separar o que há de fato de ameaça, e o que há de amplificação pelo pânico:
“Medo é o assassino da mente. Medo é a pequena morte que traz obliteração total. Eu enfrentarei o meu medo. Permitirei que ele passe sobre mim e através de mim. E quando tiver passado, eu vou virar o olho interno para ver seu caminho. Onde o medo desapareceu, não haverá nada. Só eu permanecerei.” -Frank Herbert, “Duna”.