Nossxs companheirsx do Chile chamaram uma campanha transnacional, o Dezembro Negro, para lembrarmos que esse mês é marcado a fogo pela memória dos insurgentes anarquistas que se ergueram contra toda forma de poder. Em Dezembro de 2008, o camarada Alexandros Grigoropoulos foi assassinado pela polícia nas ruas de Exarcheia, Atenas. 5 anos depois, em Dezembro de 2013, o camarada Sebastián Oversluij foi abatido por um segurança privado – um mercenário do Capital – quando participava da expropriação de um banco no Chile. Esse Dezembro marcam 9 meses do assassinato de Marielle Franco, uma brutalidade que permanece (e permanecerá) sem perpetrador enquanto houver interesse dos donos do poder.
Em todo o mundo e por toda a história, por sermos aqueles que fazem oposição mais direta ao Estado e ao Capital, por sermos aqueles que mantém a ética oposta à jesuítica – que acredita que os fins justificam os meios -, por lutarmos pela autonomia e pela igualdade, somos nós anarquistas as primeiras a sofrer o braço pesado da repressão quando a crise se acirra. Nesse Dezembro Negro, iniciamos uma série de textos, cartazes, materiais de leitura, e livretos para apoiar a defesa contra a polícia e contra as forças de repressão. Do apoio ao abolicionismo penal a dicas sobre como responder à polícia, passando pela análise das milícias e outras forças extra-oficiais do aparato estatal, nesse Dezembro Negro nos juntamos aos/às camaradas do Chile e alhures na autodefesa da luta anarquista e ácrata.
Iniciamos divulgando o livreto “7 mitos sobre a polícia”, produzido pela crimethinc. Extremo Sul. Baixe aqui a cópia para leitura digital ou cópia para impressão